19/12/2006

zoólogo americano séc.XIX

“ O que conta na salvaguarda dos condores e dos seus congéneres, não é tanto o facto de precisarmos dos condores, mas o de precisarmos das qualidades humanas necessárias para os salvar; são justamente estas que se tornam indispensáveis para nos salvarmos a nós próprios.”

Mac Millan (zoólogo americano séc.XIX)

FRAGMENTAÇÃO DO H A B I T A T



CORREDORES ECOLÓGICOS PODEM AJUDAR A TRAVAR PERDA DE BIODIVERSIDADE

A ideia de criar caminhos para animais e plantas, isolados no meio de redes de estradas, de cidades e de outras formas de betão, deixou de ser uma mera intuição dos conservacionistas para travar a perda da biodiversidade. Um estudo norte-americano publicado este mês na revista "Science" constatou que os habitats ligados entre si por corredores ecológicos têm mais 20 por cento de espécies de plantas do que aqueles que estão isolados.

A bióloga norte-americana Ellen Damschen e mais quatro colegas da universidade do estado da Carolina do Norte estudaram, entre os anos de 2000 e 2005, o funcionamento destes corredores. Apesar de já se falar deles desde os anos 60 e 70, eram poucas as provas científicas de que conseguiam ser eficazes na protecção das espécies da maior ameaça à sua sobrevivência: a fragmentação do habitat.
Em declarações ao PUBLICO.PT, Ellen Damschen explica que esta investigação é diferente porque foi realizada a larga escala, com uma comunidade de 300 espécies de plantas e replicada em vários tipos de ligação entre habitats. Até ao momento, "a maioria das investigações estudou uma espécie de cada vez (...).
Os estudos com várias espécies têm escalas pequenas, na ordem dos dez centímetros, ou então não foram replicados, algo que é vital para uma experiência científica controlada", disse.

Com a ajuda do Serviço Florestal norte-americano, os cinco cientistas criaram oito talhões numa zona de pinheiros protegida pelo Governo federal, no rio Savannah, perto de Aiken, na Carolina do Sul. Cada talhão, com 50 hectares, tinha cinco zonas distintas. Apenas duas delas estavam ligadas entre si por um corredor com 150 metros de comprimento e 25 de largura.
"Esta paisagem experimental ajudou-nos a compreender exactamente como funcionam os corredores ecológicos", explicou ainda Ellen Damschen. "Contámos o número de espécies de plantas e a sua abundância durante cinco anos. No final do estudo, os habitats ligados por um corredor tinham mais 20 por cento das espécies do que aqueles que estavam isolados", acrescentou.

Outra conclusão é que as espécies nativas "respondem de forma mais acentuada, enquanto as espécies invasoras não são afectadas". A bióloga adianta que isso talvez se deva ao facto das invasoras já se encontrarem em quase todo o lado e de não precisarem de corredores para se movimentar.

CIENTISTAS SURPREENDIDOS COM RAPIDEZ DE RESPOSTA DAS PLANTAS

Os investigadores constataram que os corredores ajudaram à dispersão de sementes e à polinização. Os habitats ligados por corredores têm mais variedade de aves, roedores e insectos, ou seja, animais que dispersam as sementes e agem como polinizadores. "Pensávamos que as plantas eram um grupo de espécies bastante sedentário, enraizado num local (...). Não sabíamos até que ponto iríamos ver resultados num espaço de cinco anos. Mas o que presenciámos foi uma mudança drástica", comentou Ellen Damschen. "As plantas podem sofrer alterações muito rapidamente através das suas interacções com a paisagem e os animais que nela vivem", acrescentou.
Como resultado, os investigadores defendem os corredores ecológicos como uma forma eficaz de promover a biodiversidade porque possibilitam às espécies o acesso a mais recursos e, por isso, aumentam as suas hipóteses de sobrevivência – por exemplo, passando de um local com pouca água ou alimentos para outro com maior abundância. Além disso, estes caminhos permitem às espécies escapar a ameaças como os efeitos do aumento da temperatura. "Os corredores podem ajudar a proteger as plantas e os animais dos efeitos negativos das alterações climáticas porque permite-lhes deslocarem-se mais facilmente", disse a bióloga ao PUBLICO.PT.
Actualmente já existem no terreno vários corredores ecológicos, desde os que ligam os dois lados de uma auto-estrada aos que ligam reservas naturais em vários países. Algumas das organizações não-governamentais que utiliza esta ferramenta de conservação estão a Nature Conservancy (no Chile), a Conservation
International (Amazónia) e a World Wildlife Fund (Índia).

in
28.09.2006 - 16h48 Helena Geraldes PUBLICO.PT

Participaram nesta investigação a Universidade do Estado de Iowa, a
Universidade de Washington (Seattle) e a Universidade da Florida
(Gainesville)..

26/11/2006

BALANÇO


Cinco anos passados desde Abril de 2001, data da constituição da AVE, podemos em jeito de balanço afirmar que o movimento cívico e ambientalista local e globalmente apresenta sofríveis níveis de participação dos cidadãos, sendo pertinente questionarmo-nos se por falta de vitalidade das organizações se por uma manifesta falta de envolvimento das populações nas causas públicas.

Relativamente à AVE, podemos afirmar que a nossa actividade teve duas dinâmicas distintas no que concerne à participação dos cidadãos, associados ou não.

A primeira mais participada, em redor das actividadesstrong> lúdicas e de sensibilização para o património ambiental, materializadas nos trilhos interpretativos organizados regularmente pela AVE no e fora do concelho.

A segunda com níveis de participação bem mais baixos organizou-se em redor da elaboração e divulgação de documentos relativos aquelas que considerávamos as melhores e mais sustentáveis opções para o desenvolvimento sócio-económico e ambiental do concelho e cidade.

Neste registo, podemos elencar em primeiro lugar a elaboração da proposta de corredor verde da AVE, integrada na revisão do Plano Director Municipal de Guimarães, agregando a montanha da Penha, a cerca conventual do mosteiro, o parque da cidade e a ciclovia Guimarães-Fafe.

Neste documento que envolveu membros direcção da AVE e outros exteriores à associação, entre eles alguns ligados ao Departamento de Geografia e Planeamento da Universidade do Minho, conseguimos elaborar uma proposta reflectida e fundamentada e sobre a qual ainda não recebemos qualquer resposta do município.

Ainda a elaboração do Manifesto Pró-Desenvolvimento Sustentável, documento orientador da intervenção da AVE no que concerne aquilo que nos parecem ser as opções prioritárias para um concelho social, económico e ambientalmente sustentável.

A participação no Fórum Agenda 21 Local, promovido pelo município em parceria com a Universidade Nova de Lisboa e outras instituições do concelho, no qual podemos afirmar algumas daquelas que considerámos serem as prioridades sócio-ambientais para o concelho.

Ainda a organização de conferências, relativas à floresta, à criação de uma rede ciclável em Guimarães, entre outras.

A participação através de artigos de opinião em jornais locais, assim como noutras instituições sempre que solicitado, enfim, tem enformado uma actividade que não sendo intensa no domínio da mobilização de cidadãos, tem sido a possível face à atrás citada frágil participação nas questões públicas e muitos menos nas ambientais.

Volvidos cinco anos é tempo de prepararmos novas eleições e com elas os novos corpos sociais da AVE. Assim informamos os nossos associados que estão abertas as candidaturas para o biénio 2007-09, devendo eventuais listas candidatas serem remetidas ao presidente da Assembleia-geral até ao próximo dia 31 de Dezembro de 2006, para o

AVE Apartado 73 - 4801 – Guimarães

Obrigado
A Direcção da AVE